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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

CEAF-AL FAZ BALANÇO DE 2014, PLANEJA 2015, MAS DEMONSTRA EM ENTREVISTA QUE ESTÁ DESNORTEADA

Hércules Martins Presidente da CEAF-AL

Acompanhamos atentamente a entrevista do Presidente da Comissão de Arbitragem de Alagoas, Hércules Martins, concedida neste domingo ao companheiro Orlando Batista da Rádio Gazeta AM de Maceió.

Se Renato Russo, ex-vocalista da banda "Legião Urbana", estivesse vivo e tivesse acesso ao que foi dito pelo Presidente da CEAF-AL na entrevista, teria utilizado boa parte da letra da música "Índios" para retratar as falácias do mandachuva da arbitragem alagoana. Ele começaria mais ou menos assim:
"Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender...
Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer".

Vamos a entrevista e a análise das respostas e neste caso já aproveitamos para fazer o nosso balanço do que vimos na arbitragem alagoana em 2014:

A 1ª colocação da entrevista pede para que o Presidente faça um balanço dos acontecimentos da arbitragem alagoana em 2014.
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Análise do NM: Para se afirmar que foi um ano positivo é preciso muito mais argumentos, principalmente no que foi dito em relação a renovação do quadro, pois não vimos nenhum árbitro novo se destacando. Caberia ao Presidente citar alguns nomes e onde eles se destacaram. Não se cria um novo árbitro do dia para noite, é preciso que se faça um trabalho de base com acompanhamento. Trabalho este que nunca foi feito por esta comissão. Por tanto como não temos nenhum destaque, também não temos nenhuma renovação. Por sinal uma marca registrada dessa administração, desde 2008 quando assumiu não revelou nenhum árbitro para o cenário nacional.

Por falar em quadro nacional, nesta parte o Presidente acertou, fomos muito bem, mais sua resposta foi meio evasiva, precisaria que citasse nomes e apresentasse números como por exemplo a volta do árbitro CBF 1, Charles Hebert Ferreira a série "A" em duas oportunidades e a quantidade de vezes que trabalhou este ano superando anos anteriores (no total de 15 partidas com o escudo CBF, duas a mais do que o ano de 2013 e 6 partidas em relação a 2012) Uma grande evolução.

O Presidente deveria também ter mencionado que o árbitro central Flávio Feijó de Omena, também tem sua parcela de contribuição neste balanço positivo do quadro nacional. Flávio, que está deixando a arbitragem em 2015, comandou 7 jogos nacionais este ano(3 jogos em 2013 e 2 em 2012), dentre eles um clássico do futebol Alagoano entre CRB e ASA na série "C" e uma série "A" inédita em sua carreira, entrando para o seleto rol dos árbitros alagoanos a trabalhar na 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro.

Reinaldo Figueiredo finalmente fez sua estreia em partidas Profissionais masculina fazendo dois jogos na série "D" e um na Copa do Brasil, totalizando 3 partidas este ano.
Assim como Ricardo Laranjeira que inaugurou seu escudo CBF na série "D" de 2014 na partida em Sergipe entre Confiança e Ipatinga/MG onde arrastou para o mesmo jogo o Assistente Wágner José, neófito em Brasileiros, o "Bandeirinha" fez três jogos na série "D" deste ano.

E finalizando, Hércules acertou também quando disse que a grande baixa da arbitragem alagoana teria ficado a cargo realmente da participação de Francisco Carlos do Nascimento, pois além de ter o seu escudo FIFA retirado, também trabalhou menos uma partida em 2014 do que em 2013, foram 21 jogos neste ano.

A 2ª colocação pergunta basicamente se a arbitragem Alagoana fosse mais unida ela poderia alcançar índices melhores.
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Análise do NM: Sugiro que vocês ouçam e tirem suas próprias conclusões, pois é difícl achar uma resposta coerente para a colocação do repórter. O que se vê é demagogia excessiva quando se refere que as discussões sobre assuntos relacionados a arbitragem alagoana sejam discutidos democraticamente, como se a democracia, a liberdade de expressão fossem prerrogativas desta Comissão e até mesmo de outra, salve-se alguma raríssima exceção. E no final da resposta do Presidente uma certa falta de controle do grupo, onde os assuntos importantes fogem do seu domínio, retrato habitual de uma administração desnorteada, esfacelada.
Mas uma explicação propriamente dita sobre a força que a união do grupo poderia trazer melhores resultados, isso não foi dito.
Entendeu quando citei Renato Russo na frase: "fala demais por não ter nada a dizer"

Na 3ª colocação, uma extensão da 2ª, o repórter enfatiza que a categoria tem duas lideranças, o Presidente da CEAF e o Presidente do SINDAFAL (Sindicato dos Árbitros de Futebol de Alagoas) e pergunta o que poderia ser feito pelos dois líderes para minimizar esses efeitos do desentendimento da classe.
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Análise do NM: Esta resposta chega a ser cômica. Pois o Presidente cobra amadurecimento e humildade das pessoas (que pessoas?) e depois mostra a fórmula daquilo que ele mesmo deveria colocar em prática. A CEAF deveria ouvir e discutir com o representante dos Árbitros (SINDAFAL) e não querer impor goela abaixo o seu pensamento unilateral, que na maioria das vezes, só trás benefícios aos seus próprios interesses, sejam eles profissionais ou até mesmo pessoais.
Mas uma vez tenta mostrar que a sua administração é democrática, que aguarda sugestões do grupo para tomar decisões, pura balela, quem conhece o Presidente Hércules Martins sabe que suas decisões são unilaterais, nem mesmo o seu Vice-Presidente, Alton Olímpio, tem participação efetiva em suas decisões, muitos inclusive o já apelidaram de "Rainha Elisabete" por ser apenas figurante.
Depois "falando demais por não ter nada a dizer", cita uma reunião que não deixou com que os árbitros opinassem, aí se percebe o deslize da informação, diz que foi para o bem da arbitragem, pois o assunto poderia trazer atrito entre os membros.
Seciar o direito de opinião, nem que seja por uma única vez, já caracteriza um ato de autoritarismo, e se o assunto e o momento não era para opiniões, porque foi levantado pela Comissão na reunião? Se surgiu, porque a Comissão não teve força para administrá-lo? Preferiu simplesmente silenciar a voz dos que queriam contestar ou até mesmo discutir o assunto pautado.

Agora chegou a vez da 4ª colocação da entrevista falando do Planejamento para 2015.
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Análise do NM: Como a CEAF-AL definiu o seu planejamento na última semana se aguardava sugestões dos árbitros para o dia 20 de Dezembro?
Vamos fazer uma cronologia dos fatos: Dia 20: Sábado
A semana de expediente da FAF entrou em recesso às 18h de sexta(19).
Esta entrevista foi gravada na sexta dia 19 de Dezembro.
Mas o Presidente não disse que aguardaria até o dia 20 sugestões para definir assuntos relacionados a arbitragem? Como decidiu tudo sozinho? Cadê a democracia?
Acompanhem o raciocínio.
Quem é do meio da arbitragem sabe que nenhuma Comissão realiza uma Pré-Temporada, testes físicos, sem a participação efetiva do sindicato, pois os mesmos sempre ajudam com uma contrapartida, seja na logística ou até mesmo com recursos para com que o árbitro não precise gastar (essa vitória se deve inclusive ao NM aqui em Alagoas, pois nas pré-temporadas o árbitro desembolsava todo o numerário do evento, pagando taxas absurdas, para que a Comissão trouxessem aqueles instrutores que na maioria das vezes só vinham passear e desfrutar das nossas belezas naturais a custo zero, e quem pagava a conta? Acertou quem disse: "O Árbitro", mas isso acabou, demos um basta com as nossas cobranças nesta prática abusiva).
Voltando ao assunto da programação.
Que humildade é esta da Comissão em resolver tudo sem consultar o Sindicato?
Como divulgou todas essas datas, horários, testes, avaliações sem nem mesmo falar com o Presidente do Sindicato?
A não ser que a Federação Alagoana de Futebol arcará com todas as despesas, coisa pouco provável já que está devendo ainda todas as taxas de arbitragem do futebol amador de Alagoas.
Fiscalizaremos se as datas e os eventos ditos pelo Presidente da Comissão serão cumpridas. Acompanharemos em loco cada evento desta programação passada nesta entrevista.

A 5ª colocação da entrevista vem em forma de pergunta, o repórter quer saber quantos árbitros farão os testes, as avaliações e quantos trabalharão na temporada 2015, no Campeonato Alagoano de futebol da 1º Divisão que começa em Janeiro.
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Análise do NM: Mas uma vez o Presidente não respondeu a pergunta do repórter, disse apenas que os árbitros da CBF não participarão e explicou o porquê.
Vocês sabem porque ele não disse quantos árbitros fariam o teste e participariam da competição? 
Simplesmente porque ele não sabe também. Pois muda toda hora de pensamento mediante os seus interesses e o de um pequeno grupo de árbitros. 
Em uma outra entrevista, o mesmo teria afirmado que seriam 15 árbitros e que 14 já estariam selecionados, restando apenas uma vaga para 6 árbitros disputarem, essa entrevista foi concedida a Rádio Jornal no dia 04 de Dezembro como vocês podem acompanhar o trecho CLICANDO AQUI (Temos arquivos de sonoras de praticamente tudo do que se é dito sobre a arbitragem na imprensa alagoana)

E por fim, a parte mais confusa desta entrevista. Escutem atentamente e vejam se conseguem entender o porquê disso tudo.

A 6ª colocação solicita do Presidente a confirmação de qual Protocolo ele utilizará nos testes físicos da arbitragem alagoana para deixar aptos os árbitros para o campeonato alagoano 2015.
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Análise do NM: Quando eu penso que já vi de tudo nessa arbitragem alagoana, me vem uma dessa.
Quer dizer Presidente que teremos dois Protocolos em ação no mesmo teste?
O Senhor não deixou claro se é o árbitro que irá escolher qual vai fazer ou se será a sua comissão que indicará. Mas mesmos assim afirma na resposta da entrevista que o Protocolo 2 e o 3 serão utilizados.

Para os que escolherem ou forem indicados (ninguém sabe ao certo como será), o Protocolo 2 e se acontecer êxito na avaliação, o árbitro já entra imediatamente na competição, se não houver êxito fará um re-teste após 30 dias. Até ai tudo bem, isso já acontece em outros anos.
Falo do re-teste, não do Protocolo, pois aqui desde que esta comissão assumiu a CEAF-AL que se fazia o teste com Protocolo 3 (índice Feminino), mais de tanto cobrarmos, em 2014 foi realizado o Protocolo 2 da CBF ma primeira avaliação, aí na segunda ouve uma virada de mesa do Sindicato (Ação repudiada pela nossa reportagem) e a contragosto da Comissão, com toda razão, o re-teste, no intuito de beneficiar árbitros que não conseguem êxito em testes físicos sérios, foram realizados novamente com o Protocolo 3, num ação clara de retrocesso, que foi engolido pela CEAF-AL, para não se dispor com a direção da FAF. 
O medo de perder o poder fez com que o Presidente se submetesse a este absurdo de aceitar e ter que escalar os árbitros no Alagoano deste ano. Depois disso a única coisa que restava a comissão para tentar manter a moral foi perseguir os árbitros que tinham participado desta manobra com poucas escalas e até mesmo demissões da escola de arbitragem onde alguns tinham cargos de confiança.

Com o Protocolo 2 já esmiuçado vamos partir para o Protocolo 3, entendam os critérios.

Os que forem fazer o Protocolo 3 e conseguirem êxito nesta primeira avaliação terão que realizar novamente o mesmo teste com o mesmo Protocolo após 30 dias, para poder entrar no Campeonato que já se encontrará em seu Segundo turno. Se não conseguir êxito nesta primeira avaliação terá que obrigatoriamente na segunda avaliação realizar o Protocolo 2, pois um êxito só no Protocolo 3 não deixa apto o árbitro para atuar. Essa parte além de confusa é hilária. Como assim em Presidente? Se o "individuo(a)" não passou em um mais fácil como passará em um mais exigente?

O mais engraçado disso tudo é que o árbitro que fará o Protocolo 2 e conseguir êxito na primeira avaliação estará apto para toda competição, incluindo claro o primeiro turno que não terá CRB e Coruripe. 
Já aquele que fizer o Protocolo 3, que teoricamente está inferior fisicamente aos demais, e conseguiu êxito nas duas avaliações, entrará justamente na pior fase do campeonato, onde a rivalidade estará mais aguçada, pois lá estarão, diferente Primeiro Turno, as maiores forças do Estado (CSA, ASA, CRB, Coruripe(atual Campeão) brigando pelo título estadual, pois o primeiro turno só vale mesmo a vaga da Copa do Brasil de 2016.

Com isso, o fisicamente despreparado árbitro, tem condições, mesmo fazendo um teste meia boca, de atuar nestes grandes jogos, tomando a condição de quem se preparou fisicamente e atuou em um primeiro turno todo atuando em alto nível físico.

Esse é um dos maiores absurdos, a CEAF-AL volta ao passado. Como pode fazer uma coisa dessas? A quem quer gradar? O por que disso tudo?
Na minha opinião deveria ser um índice apenas, quem não tiver condições de fazer o que se exige normalmente a um árbitro, que procure outra coisa para fazer, o que não se é admissível é que a comissão perca os princípios básicos da moralidade. Estou envergonhado disso tudo.

Bem, mas isso são coisas desta CEAF que a todo momento mostra através das suas ações o quanto perdeu o prumo, o quanto está desnorteada. Que absurdo.
Colocaram a meritocracia na latrina de vez, pois a ética a moral e a decência, essas dai, já não existem faz muito tempo.
Pobre arbitragem alagoana.

Orlando Batista
Para que não haja dúvidas em relação as respostas que foram dadas pelo Presidente da CEAF-AL, iremos disponibilizar para o internauta amigo do Notícia na Mira a entrevista completa que foi reproduzia na Rádio Gazeta/AM neste domingo na programação esportiva do Timaço da Gazeta, na apresentação do companheiro Orlando Batista, o mesmo que realizou a entrevista.
Para ouvir na íntegra basta CLICAR AQUI

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Um comentário:

  1. Anônimo23/12/14

    nessa entrevista o presidente da ceaf não diz nada com coisa nenhum e sem contar que é muito ciníco

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